MP denuncia médico acusado de matar esposa com medicamento sedativo no RS
Andre Lorscheitter Baptista foi denunciado por feminicídio qualificado. Crime aconteceu em 22 de outubro. Médico é preso em Canoas por suspeita de matar a co...
Andre Lorscheitter Baptista foi denunciado por feminicídio qualificado. Crime aconteceu em 22 de outubro. Médico é preso em Canoas por suspeita de matar a companheira com medicamentos Reprodução/RBS TV O Ministério Público (MPRS) denunciou, na sexta-feira (29), o médico acusado de matar esposa com medicamento sedativo, em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre. A vítima é a enfermeira Patricia Rosa dos Santos, de 41 anos. O crime aconteceu em 22 de outubro. Relembre o caso abaixo. 📲 Acesse o canal do g1 RS no WhatsApp Andre Lorscheitter Baptista, de 48 anos, foi denunciado por feminicídio qualificado. A denúncia é de autoria do promotor de Justiça Rafael Russomanno Gonçalves. “Há evidências de que o indiciado ministrou medicamento sedativo na companheira e, depois, com ela já desacordada, os demais fármacos identificados em laudo pericial, que lhe causaram a morte por asfixia medicamentosa”, defende o promotor. O denunciado está preso preventivamente. A reportagem do g1 entrou em contato com a defesa de Baptista, mas não obteve retorno até a atualização mais recente desta matéria. A Polícia Civil indiciou o médico por quatro crimes: feminicídio qualificado (por emprego de veneno e meio que impossibilitou a defesa da vítima); furto qualificado (de medicamento levado do estoque do Samu de Porto Alegre); falsidade ideológica (por omitir ou fazer declaração falsa do endereço de uma arma registrada); e adulteração de local de crime (por movimentar e retirar o corpo da vítima do local, além de "maquiar", segundo a polícia, a cena do crime). LEIA TAMBÉM Padre é preso por suspeita de armazenar pornografia infantil em casa paroquial de Guaíba, diz polícia MP apura se Nego Di violou medida cautelar ao aparecer em posts nas redes sociais após deixar cadeia Polícia Penal apura caso de detenta que engravidou dentro de penitenciária na Serra do RS A denúncia do MPRS ainda aponta que o crime foi cometido com o uso de medicamentos potencialmente letais, com emprego de meio insidioso, por meio dos fármacos. Além disso, o acusado teria dificultado a defesa da vítima ao usar de dissimulação. A situação é agravada pelo fato de a vítima ter deixado um filho menor de idade. O médico também foi acusado de fraude processual, já que supostamente teria mudado o corpo e outros objetos relacionados ao crime para outro local, alterando a cena do crime. Quanto aos integrantes da equipe do SAMU envolvidos, o inquérito policial foi arquivado. Segundo a investigação, eles foram induzidos ao erro pelo suspeito e não tinham intenção de atrapalhar a apuração do caso. Mantida prisão de médico suspeito de matar a mulher em Canoas Relembre o caso A Polícia Civil afirma que a enfermeira foi morta em 22 de outubro. Baptista, marido da vítima, apresentou à família um atestado de outro médico do Samu que estaria indicando como causa da morte um infarto agudo no miocárdio. Os familiares desconfiaram e acionaram a polícia. Após perícia em um sorvete que Baptista relatou que Patricia tinha comido, foi encontrado o remédio Zolpidem no pote. A investigação indica que o medicamento foi usado para fazer a vítima dormir. Remédios controlados, como Midazolam e Succitrat, também estavam no carro do suspeito, junto com insumos médicos. O resultado da perícia do corpo de Patricia indicou a presença de dois sedativos no organismo da vítima, conforme a Polícia Civil. Patricia Rosa dos Santos morreu, em Canoas, após aplicação de medicamentos Arquivo pessoal O Instituto-Geral de Perícias (IGP) identificou marcas de injeção no corpo da vítima. A polícia acredita que o médico usou essas áreas para administrar as medicações. O Samu constatou a falta de um frasco de Midazolam desde o plantão do médico no dia anterior ao crime. Segundo a polícia, o suspeito não soube justificar a presença das medicações em casa e não tentou socorrer a vítima. Em outra ocasião, de acordo com a investigação, o médico já teria dopado a esposa para tentar forçar um aborto, mas não conseguiu. O casal tinha um filho de 2 anos, e familiares afirmam que não havia histórico de violência além desse caso. VÍDEOS: Tudo sobre o RS